Policial penal é preso em Vilhena suspeito de fornecer arma para facção criminosa
A Polícia Civil de Vilhena deflagrou nesta terça-feira (30) a Operação Cérbero, que resultou no cumprimento de mandados de busca e na prisão preventiva de quatro suspeitos, incluindo um policial penal apontado como colaborador de uma facção criminosa atuante na região.
De acordo com a Delegacia Especializada no Combate aos Crimes Contra a Vida (DERCCV), o servidor público é suspeito de fornecer uma arma de fogo usada na execução de crimes, entre eles um homicídio ocorrido em 13 de outubro de 2023, que teve como vítima Marcelo Júnior da Paixão Rodrigues, supostamente ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A motivação do crime seria a rivalidade com o grupo criminoso conhecido como Tropa da Revolução (TDR).
A arma em questão, uma pistola Taurus calibre 9mm registrada no nome do policial penal identificado pelas iniciais V.T.R., foi apreendida em poder de M.F.S. em 30 de dezembro de 2023. A investigação aponta que o armamento foi vendido por R$ 10 mil e entregue aos executores do homicídio.
Além da suspeita de envolvimento no assassinato, o policial penal — que já ocupou cargos de chefia na Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) — também é investigado por comércio ilegal de armas de fogo e participação em organização criminosa.
Todos os presos foram levados à delegacia e permanecem à disposição da Justiça.
A operação foi nomeada “Cérbero”, em referência ao cão mitológico que guardava a entrada do submundo, simbolizando, segundo a Polícia, a contradição de um agente público que deveria proteger a sociedade, mas passou a atuar em benefício de facções criminosas.
Nota oficial
Em comunicado, a Delegacia Regional da Polícia Civil de Vilhena ressaltou a importância da participação da população:
“A colaboração da comunidade é essencial para garantir que os responsáveis sejam levados à justiça. Seguiremos firmes na missão de oferecer segurança e justiça à sociedade vilhenense.”


