Operação Escudo: Polícia Civil desmonta facção criminosa responsável por ataques em Rondônia

A Polícia Civil de Rondônia deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a Operação Escudo de Rondônia, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa envolvida em ataques a policiais, veículos e repartições públicas no início de 2025.
A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Repressão a Extorsões, Roubos e Furtos (DERF), em parceria com o GAECO do Ministério Público de Rondônia, e contou com o apoio da Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) e da Gerência de Aviação do Estado (GAVE).
Mais de 130 policiais participaram da operação, que utilizou helicóptero e resultou no cumprimento de 31 mandados de prisão preventiva e 23 de busca domiciliar, expedidos no curso de inquérito que apura a atuação da facção.
Ações em RO e no PR
As diligências foram realizadas simultaneamente nos municípios de Porto Velho, Ariquemes, Guajará-Mirim, Ouro Preto do Oeste, Mirante da Serra e Jaru, além de Catanduvas (PR), em articulação com o Sistema Prisional Federal.
Atos criminosos investigados
De acordo com as investigações, a facção foi responsável por uma série de atentados ocorridos entre os dias 12 e 19 de janeiro de 2025, incluindo:
- O assassinato do policial militar Fábio Martins de Andrade Cardoso, no condomínio Orgulho do Madeira, em Porto Velho;
- Incêndios criminosos contra ônibus escolares, veículos de transporte coletivo e caminhões;
- Ataques contra repartições públicas e bens do Estado.
As ordens para os crimes, segundo a Polícia Civil, partiram de lideranças da facção dentro e fora do sistema prisional. Entre os alvos está J. P. L., conhecido como “Tio Ogro”, apontado como um dos principais articuladores dos ataques.
O inquérito identificou toda a estrutura hierárquica da organização, desde os financiadores até os executores locais.
“Escudo de Rondônia”
O nome da operação representa o compromisso das forças de segurança em proteger o Estado diante da ofensiva criminosa. Em nota, a Polícia Civil ressaltou que a ação reforça a política de enfrentamento ao crime organizado por meio da integração entre instituições e do trabalho de inteligência.