Ex-prefeito de Governador Jorge Teixeira é condenado a mais de 14 anos por mandante de ataque contra radialista
O ex-prefeito de Governador Jorge Teixeira, João Alves Siqueira, conhecido como João Paciência, foi condenado nesta terça-feira (25) a 14 anos e 7 meses de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi considerado o mandante da tentativa de homicídio contra o radialista Hamilton Alves.
O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Víctor Nunes Leal. João Paciência também era acusado de envolvimento em uma segunda tentativa de homicídio, contra Antônio Nunes Fernandes, o “Nunes da Emater”, mas foi absolvido após a defesa — conduzida pelo advogado Rooger Taylor — convencer o Júri da insuficiência de provas.
Os promotores Marcos Alexandre de Oliveira e Luís Thiago Fernandes apresentaram gravações, áudios e outros elementos considerados fundamentais para a condenação. A sentença foi lida por volta das 21h pelo juiz Haroldo de Araujo Abreu Neto, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado.
Após a decisão, o promotor Marcos Alexandre afirmou ao Jaru Online que o resultado “atendeu plenamente às expectativas e representou a justiça sendo aplicada”. Já o promotor Victor Ramalho Monfredinho ressaltou que crimes contra profissionais da imprensa ou servidores públicos devem ser punidos com rigor.
Entenda o caso
O atentado contra o radialista ocorreu em 20 de abril de 2018, na chamada “Curva da Morte”, na BR-364. Hamilton Alves dirigia sua caminhonete quando dois executores se aproximaram e efetuaram seis disparos. Ferido, ele perdeu o controle do veículo e caiu em uma ribanceira. Foi socorrido por populares e, devido à gravidade dos ferimentos, transferido para Porto Velho.
As investigações identificaram João Paciência como autor intelectual do crime. Gravações ambientais e sua presença nas proximidades do local no dia da tentativa reforçaram as conclusões da polícia e do Ministério Público. O ataque teria sido motivado pelas denúncias e críticas feitas por Hamilton no programa “Abrindo o Jogo”, que investigava possíveis irregularidades na administração municipal.


